sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Olh'ó livro fresquinho!

A Viagem do Elefante, de José Saramago

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Baseando-se num facto histórico (a oferta de um elefante pelo rei D. João III ao primo Maximiliano II, arquiduque da Áustria), José Saramago imagina as peripécias da deslocação de um elefante de Lisboa para a Áustria, em pleno séc. XVI. A única certeza é que o rei português ofereceu um elefante ao parente austríaco. Relativamente à viagem propriamente dita, não há registos históricos, pelo que José Saramago viu-se obrigado a imaginar. 
A ideia de escrever este romance ocorreu-lhe numa ida a Salzburgo, cidade a que se deslocou a convite da Universidade e onde foi recebido por uma professora de Português, com quem jantou num restaurante chamado 'O Elefante': "Creio que no próprio dia da minha chegada fomos jantar com outros professores a um restaurante que se chamava 'O Elefante'. O simples nome do restaurante não era suficiente para despertar a minha curiosidade, mas a verdade é que lá dentro havia uma escultura relativamente grande representando um elefante e havia, sobretudo, um friso de pequenas esculturas que, entre a Torre de Belém, que era a primeira, e outra de um monumento ou edifício público que representaria Viena, marcava o itinerário do elefante entre Lisboa e Viena. Perguntei-lhe o que era aquilo, ela contou-me e, naquele momento, eu senti que aquilo podia dar uma história", contou o escritor numa entrevista ao Jornal de Notícias, em 2008, data da publicação de A Viagem do Elefante.
"Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam", lê-se na contracapa do livro. Também este elefante chegou ao seu destino, após atravessar metade da Europa, para satisfazer os caprichos de um rei português e de um arquiduque austríaco.

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