segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Título- Marilha
Autora- Cristóvão de Aguiar
Literatura Portuguesa/Açoriana/Prosa

Mar, Ilha; Ilha, Mar. Dois pólos de quinhoada solidão pelo mundo e as suas partes em silêncio repartida. Mar, Ilha. E quem ousará adivinhar por que misteriosa transformação ortoépica não teriam ambos evoluído, semanticamente, para Marilha (o mar marulha ou marilha?), depois para Marília, o nome de mulher, o teu, igualmente de sismo e de ciclone sitiado num nordeste só meu? Herdei-o de um Setembro de vindima muito escassa...
Biografia
Depois de Vitorino Nemésio, é considerado o maior escritor da literatura de autores açorianos e um dos de maior importância no panorama da Literatura Portuguesa contemporânea.
É licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, que frequentou de 1960 a 1971. Cumpriu o serviço militar na Guiné Portuguesa, de 1965 a 1967, período durante o qual teve que interromper os seus estudos. Tornou-se leitor de Língua Inglesa na Universidade de Coimbra em 1972.
Foi agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique em 2001 e homenageado pela Faculdade de Letras e Reitoria da Universidade de Coimbra em 2005, por ocasião dos quarenta anos da sua vida literária, tendo sido publicado um livro, "Homenagem a Cristóvão de Aguiar", coordenado pela Prof. Doutora Ana Paula Arnaut, o qual contém a generalidade das críticas e ensaios publicados sobre a obra do autor durante a sua vida literária 
A trilogia romanesca Raiz Comovida (1978-1981) é a sua obra mais importante. Merece também realce a sua Relação de Bordo (1999-2004), em 3 volumes, um dos mais interessantes diários da literatura portuguesa.
Obras
Poesia:
·         Mãos vazias (poesia, 1965);
·         O Pão da Palavra (1977);
·         Sonetos de Amor Ilhéu (1992)
Prosa:
·         Cães letrados, contos (2008)
·         Braço tatuado, retalhos da Guerra Colonial, 2006 
·         Ciclone de Setembro, 1985, romance ou o que lhe queiram chamar 
·         Grito em chamas, 1995, memórias
·         Passageiro em trânsito, 1988
·         Marilha, sequência narrativa (inclui "Ciclone de Setembro e Grito em Chamas".7
·         Com Paulo Quintela à mesa da tertúlia, nótulas biográficas 
·         A descoberta da cidade e outras histórias, 1992 
·         Miguel Torga - o lavrador das letras, 2007, no I centenário do nascimento do Autor
·         Catarse, diálogo epistolar em forma de romance (escrito em colaboração com Francisco de Aguiar)
·         Charlas sobre a Língua Portuguesa - alguns dos deslizes mais comuns de linguagem, 2007
·         Trasfega, casos e contos, 2003, (Prémio Miguel Torga, 2002)
·         A Tabuada do Tempo - a lenta narrativa dos dias (Prémio Miguel Torga, 2006)
·         O Coração da Memória, 2014

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